AMAMENTAÇÃO, NÍVEIS DE CITOCINAS E IMUNOFENOTIPAGEM DE CÉLULAS T REG NO CÂNCER DE MAMA
Resumo
O câncer é um problema de saúde pública, nas próximas décadas, o impacto do câncer na população corresponda a 80% dos mais de 20 milhões de novos casos de câncer estimados para 2025. Evidências epidemiológicas sugerem que a amamentação reduz o risco de câncer de mama em virtude da diferenciação do tecido mamário, redução no tempo de vida número de ciclos ovulatórios e de componentes imunológicos presentes na secreção entre estas células e citocinas. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os níveis séricos de citocinas (IL-8, IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α e IL-12p70) e a fenotipagem de células T regulatórias presentes no sangue de mulheres com câncer de mama e correlacionar com o tempo de amamentação. Foram coletadas amostras de sangue periférico de mulheres sem evidências de câncer de mama (Grupo controle; n = 8) e de mulheres com diagnóstico confirmado para o câncer de mama (Grupo estudo; n =12). A particpantes responderam um questionário semi-estruturado para avaliar as aspectos relacionados a amamentação. As citocinas e fenotipagem foram avaliadas por citometria de fluxo. Obersvou-se que o tempo de amamentação foi maior no grupo controle quando comparado ao grupo de esperimental. Houve aumento da concentração de IL-6, IL-8 e TNF-α. Ressalva-se que houve correlação entre o tempo de amamentação com os niveis da IL-8 no grupo de estudo. Independente do tumor de mama a porcentagem de células T regulatórias foram similares entre os grupos. Os dados sugerem que o câncer de mama condiciona um perfil de citocinas inflamatórias no sangue, e que o aumento do tempo de amamentação possa exercer efeito protetor contra o câncer de mama.
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