ESTIGMAS E RUPTURA BIOGRÁFICA APÓS O DIAGNÓSTICO DE HIV/AIDS
Resumo
Este trabalho tem como objetivo compreender os modos de vida após o diagnóstico de HIV/AIDS em consequência da experiência da vida com os estigmas e diante da ruptura biográfica. A trajetória metodológica é de natureza qualitativa e exploratória e foi utilizada a entrevista semiestruturada como ferramenta de produção de dados, aplicada em uma unidade de referência para a atenção especializada em uma Capital do Nordeste do Brasil. Foram entrevistados 12 pessoas com o diagnóstico de HIV/AIDS, e a interpretação foi feita por meio da Análise de Conteúdo de Bardin. A pesquisa evidenciou o quanto as pessoas com HIV/AIDS vivem estigmas que os depreciam e que o processo de adoecimento produz rupturas biográficas no seu cotidiano. Concluiu-se que os estigmas atingem não somente os corpos infectados, mas também as relações familiares, profissionais, de autocuidado, inclusive o acesso aos serviços de saúde, assim como os demais ambientes que frequentavam.
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